
A proposta surgiu após preocupantes erros médicos que foram parar na mídia. Um caso recente no Rio de Janeiro, onde seis pacientes foram infectados com HIV devido a um erro laboratorial, ilustra a fragilidade do sistema de fiscalização atual e a necessidade de mecanismos mais rigorosos. O Exame Nacional de Proficiência poderá prevenir ocorrências como essa, garantindo que apenas biomédicos competentes exerçam funções laboratoriais de alta responsabilidade.
A Organização Mundial da Saúde afirma que, aproximadamente, 1 em cada 10 pacientes sofre danos durante o atendimento em saúde, resultando em mais de 3 milhões de mortes anuais devido a cuidados inseguros. Em países de baixa e média renda, essa taxa pode chegar a 4 mortes a cada 100 pessoas devido a cuidados inseguros. Mais da metade desses danos, cerca de 1 em cada 20 pacientes, são considerados evitáveis, sendo que metade desses casos está relacionada a erros de medicação. Estimativas apontam que até 4 em cada 10 pacientes sofrem danos em ambientes de atenção primária e ambulatorial, com até 80% desses danos passíveis de prevenção. Eventos adversos comuns que podem levar a danos evitáveis incluem erros de medicação, procedimentos cirúrgicos inseguros, infecções relacionadas à assistência à saúde, erros de diagnóstico, quedas de pacientes, úlceras de pressão, identificação incorreta do paciente, transfusão de sangue insegura e tromboembolia venosa.
