Uma das maiores aflições do momento em que vivemos é a falta de controle do nosso tempo. A gestão de tempo ainda é, realmente, uma questão mal resolvida para muitas pessoas no quesito profissional e pessoal. E nem sempre a causa é a inércia. Muitos tentam implementar ferramentas, testar metodologias e, ainda assim, terminam sem resultados satisfatórios. Mas por que isso acontece?
Ultimamente, viver e realizar feitos tem sido também sobre desviar todos os apelos externos e internos pela nossa atenção. E muitos desses apelos concentrados em um só aparelho: os smartphones. São grupos de conversas e atualizações de fotos que precisamos ver no scroll infinito do Instagram que nos levam a perder minutos valiosos do nosso dia. E é cansativo como esse período anterior, sem vírgulas, sem respiro, sem tempo para agir com consciência de fato.

Esse é com certeza um dos problemas que devemos lidar em relação à gestão de tempo, mas a questão é ainda mais profunda.
Gestão de tempo é habilidade
Um artigo publicado recentemente no site Harvard Business Review trouxe uma nova perspectiva sobre o assunto. Nele, entendemos que a gestão de tempo não é como a nossa personalidade – difícil de mudar. Pelo contrário, a gestão de tempo é uma habilidade e então ela deve ser criada, aprendida e adaptada.
Isso diz muito sobre ferramentas de gestão de tempo, já que não é a ferramenta que transforma o usuário. Por mais eficazes que elas possam ser, elas pressupõe um conjunto de habilidades que já deveriam ter sido adquiridas. Uma ferramenta não faz o profissional, certo?
Nesse sentido, o autor do artigo apresentou algumas etapas importantes no desenvolvimento dessa habilidade. Antes de conferir quais são os erros que devemos parar de cometer vale a pena entender como começar a construir a gestão de tempo para nós:
Consciência
Antes de qualquer coisa, é básico o entendimento sobre o tempo ser um recurso limitado. Isso é óbvio? Pode até ser, mas devemos nos lembrar disso mais e mais, para pensar realisticamente sobre o que temos disponível.
Composição
Essa é a parte de organizar e, para isso, são necessárias delimitações como metas, planos, prazos. Assim se monta um cronograma funcional- se você trabalha em casa também pode se interessar pelo artigo “5 dicas para aumentar a sua produtividade no home office”.
Adaptação
Acompanhamento e observação são muito importantes na gestão de tempo. Tudo isso também é um trabalho de autoconhecimento e condução das suas softskills. Monitore o tempo das suas atividades, seus momentos mais produtivos e inclua as interrupções, alterações e ajustes.
O mesmo artigo ainda apresenta uma pesquisa, realizada com 1200 pessoas, que participaram de uma micro-simulação que permitiria avaliar suas habilidades de gestão de tempo.
As evidências mostraram, entre outras coisas, que focar apenas no cronograma não é o suficiente. Além disso, que a conscientização e adaptação são as habilidades mais raras e mais difíceis de desenvolver naturalmente. E, por último, que ser multitarefa não está relacionado a saber gerenciar bem o seu tempo.
Os erros que mais cometemos na gestão de tempo
Ao iniciar a leitura desse outro artigo, publicado pela Inc., vi que o autor apresenta os erros mais cometidos na gestão de tempo já dizendo que também os cometeu. Ao terminar a leitura, percebi que tínhamos isso em comum: eu também cometia todos eles. Será que você também faz parte do nosso grupo? Veja quais são eles:
1- Não dar o real valor ao tempo
Esse erro também diz respeito à etapa de consciência que abordamos anteriormente. Muitas vezes banalizamos o nosso tempo e a nossa atenção, mas elas não são mercadorias. Se começarmos a valorizá-lo de forma justa não deixaremos que ele seja gasto com qualquer coisa.
2- Acordar sem saber a programação do dia
Você faz um plano para o seu dia? A maioria das pessoas não faz e esse é um indicativo claro da falta de gestão de tempo. É muito importante acordar com um propósito diário definido e saber o que você busca a cada dia. Essa é, inclusive, uma atitude simples e fácil de começar.
3- Listas de tarefas pendentes
Simplesmente listar todas as nossas tarefas não é, nem de longe, a melhor maneira de organizar o que precisa ser feito. Esse é um hábito comum, porém sem critérios, que deixa muitas pessoas angustiadas. Novamente, é preciso trabalhar com prazos, datas e uma programação que entenda prioridades.
4- Não reservar tempo para os seus valores
A sua agenda reflete quem você é? A maioria de nós só inclui tarefas do dia a dia e obrigações em nossos cronogramas. Mas o que mais tem importância pra nós? Essa afirmação, se feita por escrito em nossa agenda, pode fazer toda a diferença pra nós.
Você não é, você está
A gestão de tempo não é algo que te define e a maior reflexão que podemos ter é justamente essa: isso pode ser criado e melhorado por nós.
Começar a nos observar, assim como fazemos com as nossas demandas, é importante. Entender os picos de produtividade em nosso dia, em que pontos estamos acertando, errando e, claro, onde podemos melhorar?
Afinal de contas, a gestão de tempo também é sobre nosso estado emocional. A sensação de falta de tempo pode ser angustiante e nos causar ansiedade. O bom gerenciamento do nosso tempo abrirá espaço para o autocontrole, tranquilidade e respeito consigo mesmo.
A dica final é que você não confunda urgência com importância. Algumas ações precisam ser imediatas, enquanto outras têm consequências mais significativas. Leve isso em consideração ao lidar com o seu calendário – ele ainda continua sendo uma das melhores ferramentas em todo esse processo.
Encare a gestão de tempo como um de seus novos hábitos, o podcast “Dica para abraçar novos hábitos”, da Obvious, vai te ajudar com essa nova decisão.
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Fonte: ideiademarketing