
Mas não deixe que meu pessimismo encubra a boa notícia: a publicação desse documento é um bom avanço. Ele tem premissas bonitas: soberania digital, inclusão social, Ética nos algoritmos, formação técnica, nuvem soberana. Mas como ouvimos tantas vezes — “o papel aceita tudo”. E aqui, o pdf aceitou 104 páginas.
O plano reconhece que a maioria das inovações em IA no Brasil ainda depende de tecnologia estrangeira. Que perdemos cérebros para o Vale do Silício. Que o SUS pode ser campo fértil para IA, mas que mal conseguimos digitalizar fichas médicas em muitos municípios. É um plano que, ao menos, tem consciência da distância entre onde estamos e onde queremos chegar.
