Ao mesmo tempo, essa nova era traz consigo uma promessa de eficiência e precisão sem precedentes, algo que, se bem gerido, pode revolucionar a forma como lidamos com questões complexas. A governança algorítmica tem o potencial de eliminar muitas das falhas humanas no processo decisório, trazendo agilidade e precisão às políticas e ações governamentais. No entanto, essa mesma eficiência pode ser uma arma de dois gumes, caso não haja um controle robusto sobre como essas tecnologias são desenvolvidas e aplicadas. A maneira como treinamos e supervisionamos esses sistemas determinará se eles serão forças de inclusão ou se, pelo contrário, perpetuarão desigualdades e injustiças, criando novos mecanismos de opressão.
Além disso, as nações em desenvolvimento enfrentam desafios adicionais nesse cenário. A automação de decisões políticas e sociais pode oferecer soluções para muitos dos problemas enfrentados por esses países, como a distribuição desigual de recursos e a burocracia ineficiente. No entanto, se não forem aplicados com sensibilidade e cautela, esses sistemas podem exacerbar as desigualdades existentes, em vez de reduzi-las. A governança algorítmica, nesses contextos, precisa ser cuidadosamente implementada para garantir que as decisões sejam adaptadas às realidades locais e não imponham soluções padronizadas que ignorem as nuances culturais e sociais.