
Nesse episódio do Inteligência Orgânica, converso com Gustavo Giglio, um cara que, como eu, cresceu cercado por tribos, revistas de comportamento e eventos que prometiam moldar o futuro. O papo começou leve: síndrome do impostor, mentoria, marketing pessoal. Mas logo virou um espelho desconfortável — desses que mostram a idade e o desgaste das crenças com as quais a gente cresceu.
Revisitamos a nostalgia das tribos urbanas e o esvaziamento simbólico de tudo que virou fórmula: o rock virou streaming, a contracultura virou estratégia de marca, os blockbusters viraram conteúdo reciclado com cara de algoritmo. Até o progressismo, se espremer, virou pauta de marketing — e, paradoxalmente, gatilho para reações ultraconservadoras.
