
Os enfermeiros possuem uma visão privilegiada do que ocorre nas rotinas hospitalares e clínicas. Eles estão em contato direto com os pacientes e compreendem, de forma única, o que significa oferecer cuidados de qualidade em ambientes onde tempo e recursos muitas vezes são limitados. Ao integrar a IA ao seu trabalho, a promessa de ganho de eficiência e redução de tarefas repetitivas surge como um alívio bem-vindo em um cenário marcado por sobrecarga e escassez de pessoal. No entanto, esses profissionais também sabem que a essência do cuidado vai além da automação de processos: envolve empatia, compreensão e o toque humano, elementos que nenhuma máquina, por mais avançada que seja, pode substituir. Por isso, suas opiniões refletem uma mescla de otimismo com cautela.
O contexto em que a IA se insere na saúde é complexo. Com uma crescente escassez de enfermeiros e um sistema frequentemente sobrecarregado, a IA oferece uma solução para muitos dos desafios que o setor enfrenta. Entretanto, essa solução não é um remédio universal. Ela precisa ser cuidadosamente integrada, respeitando os limites do que a tecnologia pode alcançar e valorizando as habilidades humanas que ainda são insubstituíveis. Enfermeiros, que são os primeiros a sentir o impacto das mudanças no ambiente de trabalho, têm muito a dizer sobre como essas tecnologias devem ser desenvolvidas e aplicadas para melhorar o cuidado sem perder a qualidade. A participação deles no processo de inovação é, portanto, essencial para que a IA cumpra seu papel de aliada e não de obstáculo.
