
Rafael trouxe provocações com precisão cirúrgica. A começar pelo cenário: muita gente lê para postar e monta estante por metro, não por leitura. Num tempo em que “ser visto lendo” virou quase mais importante do que ler de fato, é preciso perguntar: o que estamos tentando provar? E pra quem? Isso também vale para a contradição assumida de quem usa Instagram para ensinar a sair do Instagram. Incoerência? Talvez.
Falamos também sobre a desinformação, esse vírus silencioso que transforma fake news em certezas emocionais. Rafael citou a imagem da ambulância que “mata” pacientes, usada para atacar vacinas. O que isso mostra? Que dados sem método viram narrativa. E que duvidar da própria certeza é habilidade escassa, embora mais urgente do que nunca.
