

A desextinção encapsula o paradoxo da era antropocênica: enquanto a ciência avança na manipulação da vida, a humanidade fracassa em conter a sexta extinção em massa, acelerada por seu próprio extrativismo. Precisamos ter censo crítico sobre os avanços do Tecnocentrismo e isso inclui a desextinção. O Neurocientista, Sidarta Ribeiro e o filósofo e líder indígena, Ailton Krenak me inspiram sempre na reflexão sobre os caminhos percorridos pela humanidade até aqui e o que ela projeta para as gerações futuras no que se refere a relação humana com a natureza. Seus pensamentos revelam, a exemplo de iniciativas como a desextinção, que há uma grande dicotomia: a tecnociência como ferramenta de dominação ou como ponte para a regeneração biocultural.
